DICA MC3 – WORKSHOP “FALANDO DE ADORAÇÃO COM MÚSICA”

"Falando de Adoração com música" será no sábado, dia 03 de janeiro, a partir das 8 da manhã, no Colégio Batista Santos Dumont (Rua Desembargador Leite Albuquerque, 1056 - Aldeota), e terá início com um café, seguido por apresentações musicais e dois workshops.
No primeiro, COMPOSIÇÃO, POESIA E ADORAÇÃO, Silvestre Kuhlmann abordará sobre os desafios da composição poética como forma de adoração a Deus. Silvestre faz parte de uma nova safra de compositores cristãos que têm presenteado a igreja brasileira com poesias tocantes e belas canções. Ele participa da Comunidade de Jesus, em São Paulo-SP.
No segundo workshop, Augusto Guedes irá abordar OS 7 PECADOS CAPITAIS NA MINISTRAÇÃO DA ADORAÇÃO A DEUS, onde teremos a oportunidade de avaliar a nossa atitude de adorador no culto coletivo que prestamos a Deus. Augusto participa da Comunidade de Discípulos (Igreja nas casas) em Fortaleza-Ce, e é um dos idealizadores e Diretor Executivo do ISA.
Nas participações musicais, Márcio Cardoso, Márcio Rocha, Som do Caminho, Benício e Banda, além do próprio Silvestre. As inscrições têm o valor simbólico de R$ 5,00 e serão efetuadas no local.
Mais informações pelos fones da Igreja Batista do Caminho: 85-3472.2152 / 85-8709.7933, ou do Instituto Ser Adorador pelo telefone: 85-3081.4049.
Para levar o workshop de Silvestre Kuhlmann sobre composição poética e musical para a sua comunidade ou grupo no Rio de Janeiro, entre em contato com a C4 – Central Cristã de Comunicação Criativa pelo e-mail: c4.explosaodeideias@yahoo.com.br
Vale à pena conferir!
Postado por MC3 NA PAUTA.

NO BALANÇO DO SAMBA DO AVIÃO, LEMBRANDO A BOSSA NOVA E A MÚSICA NA IGREJA BRASILEIRA – POR NELSON BOMILCAR

Meses atrás, estava visitando a exposição de comemoração do aniversário da bossa nova no Ibirapuera em São Paulo, que foi muito bem feita e se tornou um marco cultural na cidade. São Paulo é cenário de muitos movimentos culturais e artísticos. Impressionante o número de estrangeiros neste evento. Ouvir e ver vários filmes, documentários, depoimentos, contexto social, econômico e político da época, registros de Jobim, João Gilberto, Vinícius de Morais, Johnny Alf, Roberto Menescal, Nara Leão, Carlos Lira, Edu Lobo e tantos outros, trouxe boas lembranças e influências em minha vida e família, bem dentro de nossa casa e de nosso toca-discos. Período de final de ditadura, dos festivais da Record, das orquestrações do Ciro Pereira e do inovador Rogério Duprat. E no pano de fundo, as canções da dupla Lennon e McCartney e as tabelas de Pelé e Coutinho no Santos.
Minhas irmãs Marina e Dora receberam seus nomes de minha mãe, homenageando um dos seus compositores favoritos (Caymmi). Meu irmão Roberto “São José” Bomilcar se tornou um pianista que conhecia, ensinava e tocava tudo da música brasileira nos shows e nas faculdades, além do jazz que tanto ama. Fomos vizinhos dos irmãos Godói: Amilton (Zimbo Trio), Adilson, Amilson, do Hermeto Paschoal, e respiramos as aulas e o ambiente da escola de música CLAM, vendo nossos filhos iniciarem suas trajetórias na música cantando Tom Jobim, Edu Lobo, Ivan Lins e outros. Roberto acompanhou, durante anos, vários intérpretes da música brasileira em trios, quartetos, big-bands e também na Jazz Sinfônica. Ele estava naqueles dias da exposição no Ibirapuera, ao lado no prédio da Bienal, tocando para o público no espaço e programa especial da bossa nova “Piano ao cair da Tarde”, veiculado pela rádio Eldorado.

“Chega de saudade, que nada”, pensava eu, pegando carona no título do livro escrito de Ruy Castro, que veio de fato matar (ou alimentar?) esta saudade; queria mais curtir aqueles momentos mágicos da criatividade presentes em nossa maravilhosa cultura e dos movimentos criativos que brotaram nela e na história de nosso país.

Com 35 no evangelho e no contexto da igreja, tentei com mais alguns músicos, compositores e autores (Wolô, Pimenta, Guilherme Kerr, Aristeu Pires, Edy Chagas, Arthur Mendes, Jorge Camargo, João Alexandre, Edson e Tita Lobo, Carlinhos Veiga, Jorge Rehder, Janires, Josué Rodrigues, Gerson Ortega e tantos outros), contribuir e mudar um pouco do curso, do conteúdo e da sonoridade do que acontecia até então dentro dela.

Este movimento, em muitas décadas,continua fértil e crescente hoje na música de excelente conteúdo de Gladir Cabral, Gerson Borges, Stênio Marcius, Edílson Botelho, Glauber Plaça, Rubão, Vandilson Morais, Wanda Sá, Silvestre Kuhlman, Arlindo Lima, Mário Valadão, o surpreendente e renovador grupo Crombie, Roberto Diamanso, e outros, fora os excelentes músicos, arranjadores e produtores que temos hoje em nosso meio: Ervolini, Marcos Cavalcante, Thiago Pinheiro, Maurício Caruso, Daniel Maia, Wiliams Costa Junior, Marinho Brazil, Erlon Oliveira, Davi Lisboa Neto, Domene, César Elbert, Felipe Figueiredo, Hilquias Alves, Bruno Migotto, Marinho Andreotti, Cláudio Rocha, Marcos Godói, dentre tantos que poderíamos citar.

Mesmo assim, constato que quase sempre acordamos tarde, chegamos depois ou ocupamos os espaços atrasados no tempo, inclusive pela mentalidade fechada, retrógrada e engessada do segmento protestante brasileiro, que excluiu indevidamente - por décadas - as artes e a cultura dos “terrenos sagrados” em que poderíamos ou deveríamos atuar e estar na sociedade.

A profissão e a atuação do artista foram consideradas dignas pelo Deus Triúno e Autor da Criação, como todas as outras, e não foi discriminada. A Arte em si, em sua mais profunda essência e primeira manifestação, acontece junto do movimento criador e criativo (Gênesis) e é anterior a qualquer religião estabelecida na história do homem. Fomos criados para desfrutar dela na companhia do Criador, inspirador e realizador de tudo.

Neste último final de semana, saindo de São Paulo rumo a Fortaleza, um pouco deste movimento na história veio de forma generosa no balanço do avião que peguei. Fizemos escala no Galeão e pude contemplar mais uma vez a Baía da Guanabara, Corcovado, Pão de Açúcar. Estava esperando os que embarcariam no Rio, lendo a revista Cover Guitarra que havia comprado com uma matéria central sobre o trabalho do Maurício Caruso, querido irmão, arranjador e guitarrista que toca comigo na Confraria das Artes.

Estava grato a Deus pelo testemunho e pela presença dele exercendo sua profissão e sendo reconhecido no meio artístico. Sentado em minha poltrona e com emoção, vejo a ”tchurma” ou parte da bossa nova começando a entrar no avião: João Donato, Roberto Menescal, Os Cariocas, Marcos Valle e outros me fizeram desejar compor outro e novo "Samba do avião”, sabendo hoje que o Cristo Redentor vivo, não o da Guanabara, recebeu-me de braços abertos e habita faz 36 anos também no coração do colunista aqui, simples mortal, e que isto me fazia olhar todos ali com outros olhos, mas com a mesma admiração.

Mas, não foram somente eles que entraram neste avião: entraram também quatro personagens (irmãos) conhecidos da mídia evangélica e que fazem a chamada música gospel do segmento de mercado que tem deixado de lado o próprio evangelho, cada um de uma gravadora do meio. Não vi ali a simplicidade e a acessibilidade que encontrei naqueles outros que, com sua música e criatividade, mudaram a sonoridade da música no Brasil e influenciaram o mundo com a bossa. A fauna e a flora ali naquele vôo, e não tinha para onde correr. Não vou citar os do mundo gospel para não pegar carona ou popularizar indevidamente este artigo. Todos os do “gospel” sentaram para trás no avião, dois deles com “seguranças”, e pensei eu com meus botões criticamente... Atrás de novo... Na história passada, na recente, no avião também... Mas em matéria de postura soberba, estavam numa altitude similar ao do vôo... Que tristeza.

Fiquei ali na parte do meio do avião, já que tínhamos quase três horas para chegar, puxando papo com um ou outro da bossa nova, ouvindo histórias, e falando um pouco da música popular cristã. Tento deixar um acervo no programa que faço na rádio Transmundial (Sons do Coração). Os da bossa -puxa - gente simples mesmo e atenciosos... Como temos que aprender! Já sabia que os mais familiarizados com o evangelho eram João Donato e o próprio Menescal, graças à influência e ao testemunho da excelente violonista e cantora Wanda Sá, contemporânea de bossa, nossa irmã de fé.

O avião pousou e terminara aquela curta, inusitada e inesquecível viagem. Não poderia assistir ao show deles à noite, pois tocaria em outro evento no mesmo horário, falando sobre a “Arte a serviço do reino de Deus” em nossa pequena e tímida história. Porém, rica e emocionante. Simultaneamente na sexta onde falei, estava acontecendo aqui em São Paulo o II Fórum do Cristianismo Criativo, promovido pela W4 Editora, com o tema do livro do Frank Schaeffer: “Viciados em mediocridade?”, com a participação do Jorge Camargo e o Gerson Borges, mediados pelo Pavarini. O Gladir Cabral não poderia vir mais, pela tragédia das chuvas e dos deslizamentos acontecidos em Santa Catarina. Fica para a próxima!

Fiquei feliz por ter este espaço aberto para reflexão, conscientização, ensino, crítica e desafio para os artistas cristãos ocuparem seus espaços, fazendo arte com beleza, expressões culturais diversas e integridade. Não deveríamos ter saído dos espaços culturais, do exercício profissional, para inclusive sermos sal e luz. Estamos retomando e ocupando lugar e presença. Mas com muito atraso! Não sejam, então, nossas sinceras pretensões utópicas. Façamos singelamente o que é possível, com os pães e os peixes de que dispomos, “cada macaco no seu galho”, mas numa mesma floresta e aldeia.

Abri o jornal de sábado de manhã em Fortaleza, depois da quinta e sexta inusitadas e vi anunciado dois shows do Tom Zé marcados para a noite e no domingo também. Fiquei alegre e esperançoso, pois sabia que o Daniel Maia, amigo e companheiro de canções, estava no time deste “ícone” da música brasileira. Ele é o arranjador e guitarrista do Tom hoje. “Ó nóis aqui traveis...”. Artistas precisam também de orações, encorajamento e acompanhamento onde estiverem.

Estamos marcando presença como bons artistas profissionais e, de quebra, levando a luz de Jesus para brilhar no meio artístico sempre que possível. Nossa ausência não ajuda em nada. É terreno igualmente sagrado a ser ocupado. São sinais de esperança! Nem tudo está perdido! Adoração a Deus é também nossa presença no mundo das artes com excelência. Tem muita coisa boa que vem acontecendo e projetos surgem pela frente!

Bom, agora no bom sentido da expressão, chega de saudade. Desafios novos para fazer no mundo das artes e no mundo contemporâneo. Resgatar e ocupar espaços. Aprender com a história e o conteúdo da cultura e da arte. Novos sons, novos tons, novas telas, novas palavras, novas cores, novos textos, novas peças, novas coreografias, nova estética, novas danças, novas contextualizações, regadas e inspiradas pelo Criador de ontem, hoje e sempre!

Postado por MC3 NA PAUTA.

MÚSICA CRISTÃ CONTEMPORÂNEA - O PREÇO DA LIBERDADE - Por Jorge Camargo

A reforma protestante representou uma ruptura com o mundo medieval. Desde a revolta de Wycliff contra Roma na Inglaterra, passando por Lutero na Alemanha, Calvino e tantos outros que os seguiram, a liberdade passou a ser o lema. Liberdade para ler as Escrituras, para cultuar a Deus, para ser uma comunidade religiosa não vinculada ao Estado, enfim, todas as conquistas que vários registros na História têm destacado nos anos que se seguiram a este movimento tão importante.

Ocorre que a liberdade tem um preço, e um preço muito alto. É só olharmos a realidade religiosa do contexto protestante ao nosso redor. Todo o dia nasce uma nova comunidade, com teologia e prática próprias, apregoando conceitos que seus líderes entendem que sejam inspirados pelos valores expressos no texto sagrado, ou por valores muitas vezes inspirados por outros textos (ou intentos) questionáveis. De novo, este é o preço da liberdade.

Muitos, bem intencionados, têm tentado "pôr ordem na casa", propondo uma mobilização em prol de uma liga aglutinadora de pessoas e valores reformados, que possam dar rumo e ser prumo para uma comunidade tão desintegrada e desconectada. Ledo engano. O "bicho" da liberdade escapou por entre os dedos, saltou na mata e não há santo (no sentido genérico da palavra) que consiga capturá-lo, a fim de trazê-lo de volta à sua redoma... Que cara é esta tal liberdade!

Há 20 e tantos anos trabalhando com música entre as comunidades cristãs, observo que o fenômeno desta liberdade tem se manifestado também nas artes, com toda a intensidade e todas as implicações dela decorrentes. No início desta minha caminhada eram poucos os grupos, raras as produções, difícil o acesso a material importado, por exemplo. Hoje as coisas estão bem diferentes. Por conta, em parte, da abertura econômica dos anos 90, temos nas prateleiras de nossas livrarias todo o tipo de música religiosa internacional à disposição, sem falar na nacional, há algum tempo rotulada de gospel.

Permita-me você, leitor, que está dispondo deste seu tempo tão precioso a fim de ler este texto e, quem sabe, saber onde acaba esta história sobre essa tal liberdade, a mesma liberdade de dizer que discordo deste rótulo para a música que eu e outros temos produzido e veiculado nos últimos anos.

Em nome da herança dos reformadores, em nome de mais de 2.000 anos de história cristã, em nome do bom senso, em nome de minhas convicções pessoais e da paixão com que escrevo as canções para e acerca de Deus, de meus conflitos, minha fé, minhas esperanças, como vejo o mundo e a vida, como interpreto o coração humano a partir do meu próprio coração, permitam-me, em nome desta liberdade, chamar minha música simplesmente de cristã. Sem querer que este nome se torne outro rótulo. Sem precisar de estratégia de marketing a fim de que esta música esteja nas melhores lojas do ramo. Sem expectativas de ser um sucesso. Com desejo, sim, de que outros ouçam, mas não a qualquer preço. Muito menos ao preço dessa liberdade tão preciosa de dizer o que está no coração, e não aquilo que as pesquisas me dizem que os outros querem ouvir.

Isto não é liberdade, e sim prisão. E o preço da prisão, comparado ao enorme preço da liberdade é, ainda assim, infinitamente mais alto.
Jorge Camargo é músico, compositor, intérprete, poeta, tradutor e mestreem ciências da religião pela Universidade Mackenzie.
www.jorgecamargo.com.br

Postado por MC3 NA PAUTA.

DICA MC3 – CD SOM DE PASSARIM DE IVAN MELO

Com produção de Dalton Bianchi, participações especiais de Djalma Cyrino, Julia Bacon e João Alexandre, com musicas de Ivan Melo, Ivan melo e Ezequias Pinheiro, Dalton Bianchi e Jorge Rehder e gravado entre 2006 e 2008 nos estúdios Ícone, Voz & Violão e HG o CD “SOM DE PASSARIM” de Ivan Nogueira Melo é um daqueles trabalhos que nós percebemos de cara ter sido gerado com muito prazer, pois é isso que ele nos proporciona, prazer de possuir o sentido da audição para desfrutar dos sons, tons e harmonias contidas nesse trabalho.
Ivan Nogueira Melo é musico mineiro, nascido em Belo Horizonte e tem desenvolvido um trabalho musical calcado na música brasileira especialmente bossa nova. Tem também como forte referencia o trabalho do grupo Vencedores por Cristo que serviu de incentivo para desenvolver música cristã brasileira. Filho de pastor Batista, atualmente é membro de uma Igreja Presbiteriana em Belo Horizonte.

A voz de Ivan carrega um sorriso e um tempero especial, assim como aquelas comidinhas caseiras, preparadas com carinho.
Repletas de brasilidade, as músicas deste CD, renovam a esperança de ouvir cada vez mais nos ares de nossa nação, as coisas do Brasil nas canções dedicadas ao nosso Deus, despertando os filhos desta terra a uma intimidade com o Senhor, renova ainda a esperança de ouvir nos lábios dos “cantadores” a gratidão a Deus inspirada que nos ilumina, como se nas trevas trouxesse, um “pedacinho de Sol”, um “Dia lindo”, “Som de Passarim”.

Vale à pena conferir!

Ouça sobre esses álbuns nos arquivos de áudio do programa “SONS DO CORAÇÃO” de Nelson Bomilcar nos players abaixo:




Postado por MC3 NA PAUTA.
 

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