"Esta discussão sempre existirá porque o conflito de gerações jamais acabará. Lembra-se de Esdras 3.10-13? Os mais velhos queriam a forma antiga e os mais novos não. No Brasil, todos sabemos, esta situação se agrava porque, além do conflito, o brasileiro acostumou-se a valorizar mais o que vem de outros países do que o que é seu. Como isto veio passando de geração em geração, certas coisas chegaram até nós deturpadas. Exemplo: terno, gravata e hino, no templo, são sacros; bermudão e samba, no templo, são profanos.Tudo isto é uma mentira do Diabo. Deus aceita o louvor do engravatado e seus hinos, bem como, do sambista com seu cavaquinho, percussão, bermudão. Deus procura adoradores "que o adorem em espírito e em verdade" (João 4.24), contextualizados ou não. O que interessa é o interior. O exterior, em cada tempo e cultura, muda de forma.
A vantagem da contextualização é que atingimos um maior número de pessoas com alguma mensagem. Quando olhamos para o lado em nossas igrejas o que vemos são brasileiros e não europeus. Canto música evangélica brasileira nos templos evangélicos por todo Brasil e a reação é sempre a mesma: um sorriso se abre e as pessoas ficam mais felizes, mais espontâneas.
O cristão brasileiro gosta de samba, baião, chorinho, catira e quer cantar sua fé através destes ritmos. "...onde há o Espírito do Senhor, aí há liberdade." (II Coríntios 3.17). A música contextualizada deve ser usada na liturgia para ensinar verdades bíblicas, como forma de evangelização e, sobretudo, como expressão de louvor e adoração a Deus. Sem excessos é claro.
Quem canta hinos não deve cantar como se estivesse sempre num funeral e quem canta música brasileira como se estivesse no Sambódromo. O equilíbrio deve ser a nota dominante das nossas atitudes."
Postado por MC3 NA PAUTA.
