DICA MC3 – WORKSHOP “FALANDO DE ADORAÇÃO COM MÚSICA”

"Falando de Adoração com música" será no sábado, dia 03 de janeiro, a partir das 8 da manhã, no Colégio Batista Santos Dumont (Rua Desembargador Leite Albuquerque, 1056 - Aldeota), e terá início com um café, seguido por apresentações musicais e dois workshops.
No primeiro, COMPOSIÇÃO, POESIA E ADORAÇÃO, Silvestre Kuhlmann abordará sobre os desafios da composição poética como forma de adoração a Deus. Silvestre faz parte de uma nova safra de compositores cristãos que têm presenteado a igreja brasileira com poesias tocantes e belas canções. Ele participa da Comunidade de Jesus, em São Paulo-SP.
No segundo workshop, Augusto Guedes irá abordar OS 7 PECADOS CAPITAIS NA MINISTRAÇÃO DA ADORAÇÃO A DEUS, onde teremos a oportunidade de avaliar a nossa atitude de adorador no culto coletivo que prestamos a Deus. Augusto participa da Comunidade de Discípulos (Igreja nas casas) em Fortaleza-Ce, e é um dos idealizadores e Diretor Executivo do ISA.
Nas participações musicais, Márcio Cardoso, Márcio Rocha, Som do Caminho, Benício e Banda, além do próprio Silvestre. As inscrições têm o valor simbólico de R$ 5,00 e serão efetuadas no local.
Mais informações pelos fones da Igreja Batista do Caminho: 85-3472.2152 / 85-8709.7933, ou do Instituto Ser Adorador pelo telefone: 85-3081.4049.
Para levar o workshop de Silvestre Kuhlmann sobre composição poética e musical para a sua comunidade ou grupo no Rio de Janeiro, entre em contato com a C4 – Central Cristã de Comunicação Criativa pelo e-mail: c4.explosaodeideias@yahoo.com.br
Vale à pena conferir!
Postado por MC3 NA PAUTA.

NO BALANÇO DO SAMBA DO AVIÃO, LEMBRANDO A BOSSA NOVA E A MÚSICA NA IGREJA BRASILEIRA – POR NELSON BOMILCAR

Meses atrás, estava visitando a exposição de comemoração do aniversário da bossa nova no Ibirapuera em São Paulo, que foi muito bem feita e se tornou um marco cultural na cidade. São Paulo é cenário de muitos movimentos culturais e artísticos. Impressionante o número de estrangeiros neste evento. Ouvir e ver vários filmes, documentários, depoimentos, contexto social, econômico e político da época, registros de Jobim, João Gilberto, Vinícius de Morais, Johnny Alf, Roberto Menescal, Nara Leão, Carlos Lira, Edu Lobo e tantos outros, trouxe boas lembranças e influências em minha vida e família, bem dentro de nossa casa e de nosso toca-discos. Período de final de ditadura, dos festivais da Record, das orquestrações do Ciro Pereira e do inovador Rogério Duprat. E no pano de fundo, as canções da dupla Lennon e McCartney e as tabelas de Pelé e Coutinho no Santos.
Minhas irmãs Marina e Dora receberam seus nomes de minha mãe, homenageando um dos seus compositores favoritos (Caymmi). Meu irmão Roberto “São José” Bomilcar se tornou um pianista que conhecia, ensinava e tocava tudo da música brasileira nos shows e nas faculdades, além do jazz que tanto ama. Fomos vizinhos dos irmãos Godói: Amilton (Zimbo Trio), Adilson, Amilson, do Hermeto Paschoal, e respiramos as aulas e o ambiente da escola de música CLAM, vendo nossos filhos iniciarem suas trajetórias na música cantando Tom Jobim, Edu Lobo, Ivan Lins e outros. Roberto acompanhou, durante anos, vários intérpretes da música brasileira em trios, quartetos, big-bands e também na Jazz Sinfônica. Ele estava naqueles dias da exposição no Ibirapuera, ao lado no prédio da Bienal, tocando para o público no espaço e programa especial da bossa nova “Piano ao cair da Tarde”, veiculado pela rádio Eldorado.

“Chega de saudade, que nada”, pensava eu, pegando carona no título do livro escrito de Ruy Castro, que veio de fato matar (ou alimentar?) esta saudade; queria mais curtir aqueles momentos mágicos da criatividade presentes em nossa maravilhosa cultura e dos movimentos criativos que brotaram nela e na história de nosso país.

Com 35 no evangelho e no contexto da igreja, tentei com mais alguns músicos, compositores e autores (Wolô, Pimenta, Guilherme Kerr, Aristeu Pires, Edy Chagas, Arthur Mendes, Jorge Camargo, João Alexandre, Edson e Tita Lobo, Carlinhos Veiga, Jorge Rehder, Janires, Josué Rodrigues, Gerson Ortega e tantos outros), contribuir e mudar um pouco do curso, do conteúdo e da sonoridade do que acontecia até então dentro dela.

Este movimento, em muitas décadas,continua fértil e crescente hoje na música de excelente conteúdo de Gladir Cabral, Gerson Borges, Stênio Marcius, Edílson Botelho, Glauber Plaça, Rubão, Vandilson Morais, Wanda Sá, Silvestre Kuhlman, Arlindo Lima, Mário Valadão, o surpreendente e renovador grupo Crombie, Roberto Diamanso, e outros, fora os excelentes músicos, arranjadores e produtores que temos hoje em nosso meio: Ervolini, Marcos Cavalcante, Thiago Pinheiro, Maurício Caruso, Daniel Maia, Wiliams Costa Junior, Marinho Brazil, Erlon Oliveira, Davi Lisboa Neto, Domene, César Elbert, Felipe Figueiredo, Hilquias Alves, Bruno Migotto, Marinho Andreotti, Cláudio Rocha, Marcos Godói, dentre tantos que poderíamos citar.

Mesmo assim, constato que quase sempre acordamos tarde, chegamos depois ou ocupamos os espaços atrasados no tempo, inclusive pela mentalidade fechada, retrógrada e engessada do segmento protestante brasileiro, que excluiu indevidamente - por décadas - as artes e a cultura dos “terrenos sagrados” em que poderíamos ou deveríamos atuar e estar na sociedade.

A profissão e a atuação do artista foram consideradas dignas pelo Deus Triúno e Autor da Criação, como todas as outras, e não foi discriminada. A Arte em si, em sua mais profunda essência e primeira manifestação, acontece junto do movimento criador e criativo (Gênesis) e é anterior a qualquer religião estabelecida na história do homem. Fomos criados para desfrutar dela na companhia do Criador, inspirador e realizador de tudo.

Neste último final de semana, saindo de São Paulo rumo a Fortaleza, um pouco deste movimento na história veio de forma generosa no balanço do avião que peguei. Fizemos escala no Galeão e pude contemplar mais uma vez a Baía da Guanabara, Corcovado, Pão de Açúcar. Estava esperando os que embarcariam no Rio, lendo a revista Cover Guitarra que havia comprado com uma matéria central sobre o trabalho do Maurício Caruso, querido irmão, arranjador e guitarrista que toca comigo na Confraria das Artes.

Estava grato a Deus pelo testemunho e pela presença dele exercendo sua profissão e sendo reconhecido no meio artístico. Sentado em minha poltrona e com emoção, vejo a ”tchurma” ou parte da bossa nova começando a entrar no avião: João Donato, Roberto Menescal, Os Cariocas, Marcos Valle e outros me fizeram desejar compor outro e novo "Samba do avião”, sabendo hoje que o Cristo Redentor vivo, não o da Guanabara, recebeu-me de braços abertos e habita faz 36 anos também no coração do colunista aqui, simples mortal, e que isto me fazia olhar todos ali com outros olhos, mas com a mesma admiração.

Mas, não foram somente eles que entraram neste avião: entraram também quatro personagens (irmãos) conhecidos da mídia evangélica e que fazem a chamada música gospel do segmento de mercado que tem deixado de lado o próprio evangelho, cada um de uma gravadora do meio. Não vi ali a simplicidade e a acessibilidade que encontrei naqueles outros que, com sua música e criatividade, mudaram a sonoridade da música no Brasil e influenciaram o mundo com a bossa. A fauna e a flora ali naquele vôo, e não tinha para onde correr. Não vou citar os do mundo gospel para não pegar carona ou popularizar indevidamente este artigo. Todos os do “gospel” sentaram para trás no avião, dois deles com “seguranças”, e pensei eu com meus botões criticamente... Atrás de novo... Na história passada, na recente, no avião também... Mas em matéria de postura soberba, estavam numa altitude similar ao do vôo... Que tristeza.

Fiquei ali na parte do meio do avião, já que tínhamos quase três horas para chegar, puxando papo com um ou outro da bossa nova, ouvindo histórias, e falando um pouco da música popular cristã. Tento deixar um acervo no programa que faço na rádio Transmundial (Sons do Coração). Os da bossa -puxa - gente simples mesmo e atenciosos... Como temos que aprender! Já sabia que os mais familiarizados com o evangelho eram João Donato e o próprio Menescal, graças à influência e ao testemunho da excelente violonista e cantora Wanda Sá, contemporânea de bossa, nossa irmã de fé.

O avião pousou e terminara aquela curta, inusitada e inesquecível viagem. Não poderia assistir ao show deles à noite, pois tocaria em outro evento no mesmo horário, falando sobre a “Arte a serviço do reino de Deus” em nossa pequena e tímida história. Porém, rica e emocionante. Simultaneamente na sexta onde falei, estava acontecendo aqui em São Paulo o II Fórum do Cristianismo Criativo, promovido pela W4 Editora, com o tema do livro do Frank Schaeffer: “Viciados em mediocridade?”, com a participação do Jorge Camargo e o Gerson Borges, mediados pelo Pavarini. O Gladir Cabral não poderia vir mais, pela tragédia das chuvas e dos deslizamentos acontecidos em Santa Catarina. Fica para a próxima!

Fiquei feliz por ter este espaço aberto para reflexão, conscientização, ensino, crítica e desafio para os artistas cristãos ocuparem seus espaços, fazendo arte com beleza, expressões culturais diversas e integridade. Não deveríamos ter saído dos espaços culturais, do exercício profissional, para inclusive sermos sal e luz. Estamos retomando e ocupando lugar e presença. Mas com muito atraso! Não sejam, então, nossas sinceras pretensões utópicas. Façamos singelamente o que é possível, com os pães e os peixes de que dispomos, “cada macaco no seu galho”, mas numa mesma floresta e aldeia.

Abri o jornal de sábado de manhã em Fortaleza, depois da quinta e sexta inusitadas e vi anunciado dois shows do Tom Zé marcados para a noite e no domingo também. Fiquei alegre e esperançoso, pois sabia que o Daniel Maia, amigo e companheiro de canções, estava no time deste “ícone” da música brasileira. Ele é o arranjador e guitarrista do Tom hoje. “Ó nóis aqui traveis...”. Artistas precisam também de orações, encorajamento e acompanhamento onde estiverem.

Estamos marcando presença como bons artistas profissionais e, de quebra, levando a luz de Jesus para brilhar no meio artístico sempre que possível. Nossa ausência não ajuda em nada. É terreno igualmente sagrado a ser ocupado. São sinais de esperança! Nem tudo está perdido! Adoração a Deus é também nossa presença no mundo das artes com excelência. Tem muita coisa boa que vem acontecendo e projetos surgem pela frente!

Bom, agora no bom sentido da expressão, chega de saudade. Desafios novos para fazer no mundo das artes e no mundo contemporâneo. Resgatar e ocupar espaços. Aprender com a história e o conteúdo da cultura e da arte. Novos sons, novos tons, novas telas, novas palavras, novas cores, novos textos, novas peças, novas coreografias, nova estética, novas danças, novas contextualizações, regadas e inspiradas pelo Criador de ontem, hoje e sempre!

Postado por MC3 NA PAUTA.

MÚSICA CRISTÃ CONTEMPORÂNEA - O PREÇO DA LIBERDADE - Por Jorge Camargo

A reforma protestante representou uma ruptura com o mundo medieval. Desde a revolta de Wycliff contra Roma na Inglaterra, passando por Lutero na Alemanha, Calvino e tantos outros que os seguiram, a liberdade passou a ser o lema. Liberdade para ler as Escrituras, para cultuar a Deus, para ser uma comunidade religiosa não vinculada ao Estado, enfim, todas as conquistas que vários registros na História têm destacado nos anos que se seguiram a este movimento tão importante.

Ocorre que a liberdade tem um preço, e um preço muito alto. É só olharmos a realidade religiosa do contexto protestante ao nosso redor. Todo o dia nasce uma nova comunidade, com teologia e prática próprias, apregoando conceitos que seus líderes entendem que sejam inspirados pelos valores expressos no texto sagrado, ou por valores muitas vezes inspirados por outros textos (ou intentos) questionáveis. De novo, este é o preço da liberdade.

Muitos, bem intencionados, têm tentado "pôr ordem na casa", propondo uma mobilização em prol de uma liga aglutinadora de pessoas e valores reformados, que possam dar rumo e ser prumo para uma comunidade tão desintegrada e desconectada. Ledo engano. O "bicho" da liberdade escapou por entre os dedos, saltou na mata e não há santo (no sentido genérico da palavra) que consiga capturá-lo, a fim de trazê-lo de volta à sua redoma... Que cara é esta tal liberdade!

Há 20 e tantos anos trabalhando com música entre as comunidades cristãs, observo que o fenômeno desta liberdade tem se manifestado também nas artes, com toda a intensidade e todas as implicações dela decorrentes. No início desta minha caminhada eram poucos os grupos, raras as produções, difícil o acesso a material importado, por exemplo. Hoje as coisas estão bem diferentes. Por conta, em parte, da abertura econômica dos anos 90, temos nas prateleiras de nossas livrarias todo o tipo de música religiosa internacional à disposição, sem falar na nacional, há algum tempo rotulada de gospel.

Permita-me você, leitor, que está dispondo deste seu tempo tão precioso a fim de ler este texto e, quem sabe, saber onde acaba esta história sobre essa tal liberdade, a mesma liberdade de dizer que discordo deste rótulo para a música que eu e outros temos produzido e veiculado nos últimos anos.

Em nome da herança dos reformadores, em nome de mais de 2.000 anos de história cristã, em nome do bom senso, em nome de minhas convicções pessoais e da paixão com que escrevo as canções para e acerca de Deus, de meus conflitos, minha fé, minhas esperanças, como vejo o mundo e a vida, como interpreto o coração humano a partir do meu próprio coração, permitam-me, em nome desta liberdade, chamar minha música simplesmente de cristã. Sem querer que este nome se torne outro rótulo. Sem precisar de estratégia de marketing a fim de que esta música esteja nas melhores lojas do ramo. Sem expectativas de ser um sucesso. Com desejo, sim, de que outros ouçam, mas não a qualquer preço. Muito menos ao preço dessa liberdade tão preciosa de dizer o que está no coração, e não aquilo que as pesquisas me dizem que os outros querem ouvir.

Isto não é liberdade, e sim prisão. E o preço da prisão, comparado ao enorme preço da liberdade é, ainda assim, infinitamente mais alto.
Jorge Camargo é músico, compositor, intérprete, poeta, tradutor e mestreem ciências da religião pela Universidade Mackenzie.
www.jorgecamargo.com.br

Postado por MC3 NA PAUTA.

DICA MC3 – CD SOM DE PASSARIM DE IVAN MELO

Com produção de Dalton Bianchi, participações especiais de Djalma Cyrino, Julia Bacon e João Alexandre, com musicas de Ivan Melo, Ivan melo e Ezequias Pinheiro, Dalton Bianchi e Jorge Rehder e gravado entre 2006 e 2008 nos estúdios Ícone, Voz & Violão e HG o CD “SOM DE PASSARIM” de Ivan Nogueira Melo é um daqueles trabalhos que nós percebemos de cara ter sido gerado com muito prazer, pois é isso que ele nos proporciona, prazer de possuir o sentido da audição para desfrutar dos sons, tons e harmonias contidas nesse trabalho.
Ivan Nogueira Melo é musico mineiro, nascido em Belo Horizonte e tem desenvolvido um trabalho musical calcado na música brasileira especialmente bossa nova. Tem também como forte referencia o trabalho do grupo Vencedores por Cristo que serviu de incentivo para desenvolver música cristã brasileira. Filho de pastor Batista, atualmente é membro de uma Igreja Presbiteriana em Belo Horizonte.

A voz de Ivan carrega um sorriso e um tempero especial, assim como aquelas comidinhas caseiras, preparadas com carinho.
Repletas de brasilidade, as músicas deste CD, renovam a esperança de ouvir cada vez mais nos ares de nossa nação, as coisas do Brasil nas canções dedicadas ao nosso Deus, despertando os filhos desta terra a uma intimidade com o Senhor, renova ainda a esperança de ouvir nos lábios dos “cantadores” a gratidão a Deus inspirada que nos ilumina, como se nas trevas trouxesse, um “pedacinho de Sol”, um “Dia lindo”, “Som de Passarim”.

Vale à pena conferir!

Ouça sobre esses álbuns nos arquivos de áudio do programa “SONS DO CORAÇÃO” de Nelson Bomilcar nos players abaixo:




Postado por MC3 NA PAUTA.

DICA MC3 – CD CANÇÕES PARA GRUPOS PEQUENOS DE EDUARDO MANO & BANDA

Fico feliz em poder promover o primeiro registro do trabalho musical de EDUARDO MANO & BANDA, o “CANÇÕES PARA GRUPOS PEQUENOS “que , como o próprio nome diz, é a canção que todos nos gostaríamos de ter nos lábios quando oramos e adoramos a Deus na intimidade.
A respeito desse trabalho EDUARDO diz; “Mesmo com toda a simplicidade da gravação caseira, o que resulta em uma qualidade audivelmente inferior àquela esperada em um CD, meu desejo com esse trabalho é lembrar aos cristãos da minha geração que coisas como a soberania, autoridade e suficiência de Deus para e sobre as nossas vidas nunca sairão de moda”, diz Eduardo. “A maior maldição que a pós-modernidade trouxe à Igreja é a relativização de tudo, da família ao sexo, de Deus ao pecado. Precisamos lembrar que há coisas bem sólidas nas quais podemos nos firmar, senão o que nos resta é o vazio”.

É maravilhoso ver esse tipo de iniciativa emergir do meio do cenário atual da música cristã brasileira. Sei que existem muitos que julgam que ainda não tiveram uma oportunidade de expressão e visibilidade, mas espero que essa iniciativa de EDUARDO MANO & BANDA mostre que não é necessário que uma “grande gravadora gospel” descubra e lance o trabalho de alguma banda, músico, compositor ou mesmo intérprete para que esse cante a expressão de adoração, louvor e experiência pessoal com Deus.

Esse trabalho de EDUARDO MANO & BANDA, está disponível para Download, sim, eles realmente nos dão exemplo de desprendimento, pois disponibilizam na integra as canções do álbum “CANÇÕES PARA GRUPOS PEQUENOS”.
Parabéns galera!

Para baixar e conhecer as canções, basta acessar o blog do EDUARDO MANO & BANDA; http://eduardomano.blogspot.com/2008/08/ep-download.html
Vale à pena conferir!
Postado por MC3 NA PAUTA.

DICA MC3 – CD EXPRESSÃO DE DIEGO VENÂNCIO

Diego Venâncio é um talentoso instrumentista, cantor e compositor e seu trabalho musical demonstra isso. O MC3 NA PAUTA promove esse trabalho com muita satisfação.
“Diego Venâncio é um músico e tanto! Tem formação popular e erudita em violão e estudou com grandes mestres como Fábio Ramazzina, Marco Pereira, Paulo Bellinati, Mozart Mello, entre outros. Na sua caminhada musical atuou por dois anos em Vencedores por Cristo. Participou como instrumentista e produziu alguns CDs.

“Expressão” é o seu primeiro trabalho, revelando o seu lado compositor. Destaque para as canções “É tempo” e a instrumental “Lumaréu” (ambas de sua autoria), “Redes” (Rogério Azevedo) e a regravação de “Fonte” (Sérgio Pimenta). O CD traz o “playback” das canções. Esse trabalho tem a produção musical e executiva do próprio Diego em parceria com Vagner Roberto.”

Carlinhos Veiga.

Ouça algumas música deste CD clicando no link abaixo;

Postado por MC3 NA PAUTA.

ATILANO MURADAS NO ESPAÇO CATEDRAL

O ESPAÇO CATEDRAL é uma programação evangelística organizada pela Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, aberta para todas as pessoas com a finalidade de levar o Reino de Deus e propiciar comunhão.

O objetivo do ESPAÇO CATEDRAL é alcançar pessoas que estejam saindo do trabalho no centro da cidade do Rio de Janeiro e/ou amigos convidados, e através de boa música, despertar a todos a um relacionamento mais intimo com Deus.


O ESPAÇO CATEDRAL acontece geralmente na última segunda-feira do mês na Praça Rev. Mattathias Gomes dos Santos, em frente à Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro situada a Rua Silva Jardim, 23 – Centro. Neste mês (novembro) o Pr Atilano Muradas estará conosco, a partir das 19 horas.


Atilano Muradas além de pastor, teólogo e jornalista, exerce as atividades de cantor, compositor, ministro de louvor, violonista, cavaquinhista, escritor. Possui cinco CDs gravados (Minha Geração, Brasileiros, Carta aos Levitas, Missões e O Brasil Precisa de Deus) e três livros publicados: "Tocar Violão é Fácil" (Editora Betânia), "Decolando nas Asas do Louvor" (Editora Vida) e "Música Dentro e Fora da Igreja" (Editora Vida). Atualmente grava o sexto CD "Louvor brasileiro".Suas canções trazem mensagens claras, contextualizadas, repletas de ritmo, ginga bem brasileiros e teologicamente bem fundamentadas.


Vale à pena conferir!

Maiores informações; http://www.catedralrio.org.br

Postado por MC3 NA PAUTA

WORKSHOP E SHOW DE BAIXO & VOZ EM BLUMENAU

SARAUS CARIOCAS - UM NOVO TEMPO PARA A MÚSICA CRISTÃ BRASILEIRA.

Como já dizia o filósofo; “A oportunidade não tem cabelos na nuca, depois que ela passar não dá mais pra agarrar.” Digo isso por lamentar muito por aqueles que não puderam aproveitar a oportunidade de estarem presentes nos eventos musicais que aconteceram aqui no Rio de Janeiros no fim de semana de 07/11 a 09/11.

Por falta de aviso não foi, pois enviei vários e-mail e mensagens pelo Orkut, além de publicar no BLOG MC3 NA PAUTA. Creio até que tenham me julgado como chato ou mesmo inconveniente, se causei esse sentimento em alguém, peço desculpas. Só corri esse risco porque sei o valor de participar de momentos como o que vivemos.

Foram “momentos históricos”, como bem definiu a Selma, a esposa do Stênio Marcius que dirigiu os momentos musicais, poesia e inspiração dos “SARAUS CARIOCAS” que aconteceram em Botafogo e em Ipanema.

Os “Embaixadores da Poesia”, Stênio Marcius e sua esposa Selma, são os fomentadores de eventos como esses, os Saraus contaram com a presença do músico e compositor Diego Venâncio, sua esposa Sara Müller.

Prá quem não sabe o que é um Sarau, vai aí a definição; Sarau é o mesmo que uma reunião festiva, noturna, dentro de casa particular, teatro ou clube; concerto musical de noite.

O primeiro Sarau do fim de semana aconteceu na Sexta feira, dia 07/11 na igreja Calvary Chapel ou em português, Capela do Calvário, pois graças a Deus, comprou a idéia e pela segunda vez e abriu as portas e o coração para receber, não só os “EMBAIXADORES DA POESIA”, mas também a todos que, como eles, acreditam que existe vida inteligente na música cristã contemporânea, e que somente promovendo eventos como esse é que conseguiremos que o boa música cristã tenha algum espaço no panorama cristão atual.
A espontaneidade, que caracteriza os Saraus, foi algo que marcou aquela sexta feira, além de ouvirmos as canções incomparáveis de Stênio Marcius e o impressionante dom musical e instrumental de Diego Venâncio, houve espaço para a participação de vários amados, hora recitando poesias próprias ou de poetas conhecidos, hora cantando e tocando musicais próprias ou simplesmente interpretando canções de outros compositores.
A interatividade nos trouxe momentos de alegria, descontração e comunhão, a poesia nos trouxe introspecção e no mínimo, uma visão social, cultural e espiritual mais ampla. E a música nos trouxe inspiração, revelação e comunhão com Deus e nossos irmãos.
Já no Sábado o Sarau aconteceu no espaço da igreja Metodista de Ipanema, que como a igreja Capela do Calvário, nos recebeu com todo o amor e hospitalidade possíveis. Seu espaço aconchegante proporcionou a todos nós um momento bem intimista e especial.

E como anunciei “profeticamente” em meus anúncios pelo Orkut e emails, o sábado foi “uma das maiores concentrações de fé amor, música e poesia por metro quadrado”, pois estavam no mesmo espaço reunidos os músicos, compositores e interpretes Stênio Marcius, Diego Venâncio e Jorge Camargo, que com seus maravilhosos violões, alternadamente ou em conjunto nos ministraram canções de adoração a Deus, músicas instrumentais clássicas ou de própria composição num espetáculo de unção, talento e sensibilidade.

Assista a um vídeo do evento clicando no link abaixo;


Após o momento musical, assim como na igreja capela do Calvário, tivemos momentos de comunhão, troca de experiência e o compartilhar de tudo que somente aqueles que têm o Espírito Santo podem compartilhar.
Já no Domingo pela manhã Stênio e Diego tiveram uma pequena participação, mas não menos inspirativa, no culto da manhã na igreja Missionária Evangélica Maranata da Tijuca.

A noite participaram também do culto na mesma igreja no Recreio dos Bandeirantes, mas infelizmente não pude estar presente, não podendo por isso dar detalhes do evento. Mas tenho certeza que só pelo fato do Senhor Jesus estar presente para receber a adoração da igreja e ainda haver a contribuição nesta adoração de dois representantes da boa e inspirada música cristã, já foi maravilhoso.

Gostaria que minhas palavras fossem capazes de descrever tudo que vivemos nesse fim de semana ao participar dos “SARAUS CARIOCAS”, mas por mais que tente, não conseguirei registrar com fidelidade essa experiência. Só posso então sugerir a todos que não deixem passar a oportunidade de participarem e contribuírem com a história e do novo tempo da música cristã brasileira.

Postado por MC3 NA PAUTA.

SHOW DE LANÇAMENTO: "RAIZ DUMA TERRA SECA"

A história do CD é longa, tem quase 20 anos... esse é o tamanho do sonho. O CD finalmente ficou pronto, fábrica e gráfica, em setembro deste ano. Ao todo, foram cerca de 18 meses de produção, cerca de 39 pessoas (músicos e técnicos) diretamente envolvidas, quatro estúdios diferentes, muuitas horas de edição, e um custo total de... bom, isso não interessa.Interessa agora que vamos ter um show digno da produção do CD.

Com as participações especialíssimas do Baixo&Voz, Cíntia&Silvia, Eliezer Venâncio, Glauber Plaça, Stênio Marcius, Diego Venâncio, Elly Aguiar, Débora Camargo, além dos músicos Eduardo Montarelli, Eber Scherrer, Sara Muller, e ainda outros a confirmar, o show acontecerá no auditório da Comunidade Evangélica em São Bernardo do Campo (mapa e endereço abaixo), gentilmente cedida pelo Valtinho, pastor e amigo de longa data.Além da Comunidade, o evento conta com o apoio cultural da Gossi Design, Editora Ultimato, do Portal Cristianismo Criativo, Editora W4, e do portal Buena Onda.

O ingresso será um 1kg de alimento não perecível - ou, pra quem esquecer, R$3,00. Os alimentos serão destinados às obras sociais da Comunidade.Além das músicas do CD, pra não cansar ninguém teremos canjas com MPB e clássicos internacionais da melhor qualidade. Sortearemos livros, CDs, assinaturas da Ultimato, e mais surpresas no dia.

Se você, sendo cristão ou não, curte música boa, venha prestigiar esse show.
Prestigie levando um CD pra casa, tanto o meu quanto dos músicos que irão participar - todos vão expor seus trabalhos. Fui bem seletivo na escolha dos músicos participantes, que é pra não decepcionar ninguém. Ah! não se espante se vamos ter música secular (não-religiosa). Ledo engano pensar que não há verdades terríveis nas músicas de fora da igreja. Conforme sabemos, Deus é Verdade, logo toda Verdade vem de Deus.

Comunidade Evangélica em São Bernardo do Campo
13 de Dezembro de 2008, 19:30
Av Bunduki, 352 - Bairro Assunção
São Bernardo do Campo - SP

Convites para levar Fabinho Silva à seu evento, igreja ou grupo, pelo email; mc3.napauta@yahoo.com.br
Ouça algumas Músicas do CD: http://mc3audio.blogspot.com/

Postado por MC3 NA PAUTA

O PROJETO "PELAS ESTRADAS DESSES BRASIS" SEGUE...

Tudo começou quando eu me deparei com as novas produções daqueles que foram sempre os meus referenciais musicais. Cada letra estranha... Uma banalização do sexo, uma miniaturalização do sentimento, uma desumanização do semelhante...Foi quando pensei que os artistas precisam se manifestar promovendo uma música que fale da vida, que fale do outro, que fale de Deus, que fale dos valores do Reino de Deus.

Numa tarde o Léo me liga: “vamos fazer um projeto para a Funarte?”. Beleza! Pensei! Dali poderemos fazer algo que contribua para uma vida mais bela e assim semear os nossos sonhos e a Palavra que transforma mundos e tempos.
Assim surgiu o projeto “PELAS ESTRADAS DESSES BRASIS – Carlinhos Veiga convida”. Serão quatro meses de projeto, quatro segundas-feiras, quatro apresentações, quatro convidados, quatro estados brasileiros representados. Músicos que valorizam a música popular brasileira de qualidade.
Depois de muitas lutas e dificuldades estamos seguindo para a terceira edição do projeto. A cada show uma nova sensação. O público tem comparecido e gostado do que tem visto e ouvido.
O som feito pela Estação Um, sob a regência do CA (Carlos Adriano), o cenário “viajante” da Márcia Pacheco, e a iluminação sob a responsabilidade dos funcionários da FUNARTE têm colaborado e muito para a valorização da música de Carlinhos Veiga e seus convidados.
No primeiro show Carlinhos contou com a presença do Stênio Marcius, de São Paulo. Juntos fizeram o público viajar pelas estradas desse país, ao som de suas melodias e poesias, mescladas com canções da MPB já consagradas. Foi um show de alto nível.
Na segunda edição Carlinhos recebeu o amigo maranhense Rubão, que com seu carisma e simpatia embeveceu o público ao som de reggae, toada, bumba-meu-boi, entre outros sons regionais. Foi um show inesquecível e de rara beleza.
Na terceira edição tivemos a presença maravilhosa do Expresso Luz, e teremos Telo Borges, em novembro. A cada show uma nova viagem. Não perca!
O projeto Pelas Estradas desses Brasis acontece na Sala Cássia Eller do Complexo Cultural da FUNARTE, em Brasília. Mais informações com Leo Barbosa pelo fone (61) 8424-0541 ou Cláudia Barbosa (61) 9218-1302.

Se você deseja levar esse projeto até a sua cidade, fale conosco http://carlinhosveiga.blogspot.com/

Postado por MC3 NA PAUTA.

MC3 ÁUDIO - UM ESPAÇO REAL PARA A BOA MÚSICA CRISTÃ

Melhor que ler artigos, saber de dicas, eventos, conhecer os poetas e músicos, é ouvir o resultado de todo esse trabalho que é a boa música cristã. Por isso o MC3 NA PAUTA tem um espaço reservado para a MC3, o MC3 ÁUDIO, que disponibiliza vários players para que você possa ouvir a música de vários artistas e ainda aos arquivos de áudio do programa SONS DO CORAÇÃO relacionados a álbuns e entrevistas desses artistas.

Acesse o MC3 ÁUDIO e ouça todo esse conteúdo.


Para acessar o MC3 ÁUDIO, clique na imagem no topo dessa postagem ou na imagem relacionada ao MC3 ÁUDIO na coluna lateral à direita.


Vale a pena conferir!

Postado por MC3 NA PAUTA.

BAIXO & VOZ ESTEVE NO RIO

O duo BAIXO & VOZ nos deu a honra de sua presença e compartilhou com alguns cariocas o dom que o senhor lhes deu, dom esse que nos trouxe bons momentos onde a música inspirada pôde ser ouvida através da doce voz de Marivone, acompanhada pelo peculiar som do contra baixo de Sergio que deu, como sempre, uma interpretação toda especial a cada canção.
O convite foi feito pela Igreja Batista de Barão de Taquara para a participação do duo no congresso organizado pelos adolescentes da mesma igreja.
Sergio e Marivone apresentaram-se no culto da noite de sábado do dia 25/10, no culto da manhã de domingo do dia 26/10 e a tarde na ministração de workshop sobre organização de grupos musicais de adoração e louvor no que tange a ensaios, arranjos musicais, divisão de tarefas, escolha de repertório e tudo que envolve esse trabalho.

Foram momentos muito valiosos onde Sérgio e Marivone compartilharam suas experiências de mais de 20 anos de música cristã, participação e organização de grupos musicais de adoração e louvor.
À noite o duo apresentou-se na Igreja Batista Vale da esperança do mesmo bairro.

Aguardamos uma próxima oportunidade onde possamos desfrutar da companhia agradável do casal e das abençoadoras canções que são resultado dos dons, som criativo e inspirativo do BAIXO & VOZ.

Postado por MC3 NA PAUTA.

PROSSEGUINDO NA SEMEADURA DESSE SOM. - Por Carlinhos Veiga

Tratar do tema “música cristã” no Brasil de nossos dias se constitui para mim em um grande prazer, ao mesmo tempo que num imenso desafio. Prazer, por ser uma pessoa envolvida já há mais de quinze anos com um ministério musical entre os jovens brasileiros, participando dessa revolução em sua linguagem e forma; desafio, pois, considerando o momento em que passa a Igreja no país, qualquer colocação impensada pode se tornar em algo perigoso e precipitado.

De um tempo para cá, percebo um enorme crescimento musical no contexto da igreja brasileira com o surgimento de grupos, cantores, gravadoras, distribuidores, estúdios, e tudo o mais, fazendo com que esse “boom” repercuta nos meios de comunicação até então fechados ao Evangelho. Quem um dia imaginaria cantores e grupos evangélicos sendo entrevistados em programas de talk show, ou se apresentando em programas de boa audiência na TV? Não parece um sonho?

Nessa minha caminhada, às vezes fico como quem sonha. No passado éramos poucos, mas extremamente ousados, pregando em rabeiras de caminhão, cantando sem amplificação nenhuma, ao ar livre. Muita disposição, pouco recurso. Hoje temos o reconhecimento como segmento da música brasileira. Temos acesso à mais alta tecnologia e recursos disponíveis a serviço da música. Instrumentos e equipamentos de última geração estão nas mãos de alguns cristãos considerados hoje como instrumentistas de alto gabarito pela crítica musical. Isso tudo aconteceu num espaço de tempo relativamente curto.

Numa visão rápida da história, percebo que em meados da década de 70 surgiu no Brasil um movimento, talvez nem tanto intencional, mas natural, que buscava cultuar a Deus com sua identidade nacional. Gente que percebeu que poderia cantar louvores a Deus com ritmos nacionais, com o jeito brasileiro de ser. Vale a pena lembrar que até então tínhamos acesso apenas aos hinos trazidos pelos missionários americanos e europeus, e algumas poucas canções jovens traduzidas para o português. Vencedores Por Cristo deu início a uma revolução que transformou o Brasil quando, no final da década de 70, gravou o LP “De Vento em Popa”, inovando a música cristã. Foi o princípio de um grande movimento.

Desde então a grande ênfase foi a busca de uma música contextualizada, e para tal muitos se empenharam. Uma música moderna, bem produzida, preocupada em atingir o homem brasileiro em seu contexto. Logicamente, essa contextualização às vezes não conseguiu atingir o ponto ideal. Contextualizou-se a forma, o ritmo, mas o conteúdo, a poesia, permaneceu estanque. Porém, foi um enorme avanço para a Igreja que desejava se encarnar no solo brasileiro.

Pela primeira vez a Igreja ouvia samba, baião e outros ritmos da terra anunciando o Evangelho. Para muitos, foi um desrespeito às tradições, um ato de profanação do sagrado. Para outros, uma alegria de amar a Jesus e de ser Brasil.

O tempo passou e com ele veio o início de uma nova fase. Nessa nova etapa, música contextualizada já não era sinônimo de música brasileira, mas de música contemporânea, embalada pela globalização. O tempo passou e a mídia falou mais alto, impondo jeitos e formas a reboque dos novos tempos.

Se antes surgiam grupos e mais grupos preocupados com a expressão cultural de seu povo, agora eles eram desfeitos e transformados em iguais. Explico. Tive a oportunidade de percorrer algumas regiões brasileiras e conhecer gente que produzia música cristã brasileira, trazendo identidade e luz à nossa nação. Porém, com o acesso à mídia, esta característica foi mudada. Falo do poder informativo e às vezes devastador da mídia eletrônica que vai igualando, patrolando, nivelando, como um rolo compressor ou coisa que o valha, descartando tudo o que é diferente do seu interesse. Isso é o efeito da globalização sob o mundo moderno (ou pós-moderno).

Os alvos daqueles que produziam música cristã foram mudados. Agora, o lance era produzir o que vendia, ou melhor, o que o mercado impunha. Abandonamos os projetos iniciais e atendemos aos apelos da mídia. Dizia-se que a bola da vez era música “X”, lá íamos nós. Se era a vez da música “Y”, nos travestíamos para vender. Com isso descaracterizamos toda a luta inicial.

Não é meu interesse discutir aqui se é válido ou não abraçarmos esse processo. Porém, creio ser de vital importância avaliarmos o empenho daqueles pioneiros que abriram campo para a música contextualizada e retomarmos alguns aspectos importantes que o novo momento tem ofuscado.

Em primeiro lugar, vejo a necessidade de reagirmos contra a imposição da mídia de ditar modismos. Vários foram os grupos que no correr dos anos deixaram-se levar pelo apelo do fácil: fácil vendagem, fácil sucesso e, infelizmente, fácil evangelho. Como igreja, precisamos abraçar toda expressão artística que visa tão somente glorificar o nome Santo do Senhor. Há espaço para todos os estilos, gostos e formas. E nessa diversidade percebemos a criatividade de Deus, através da expressão de adoração do Seu povo. Sem essa de reunir apenas os iguais. Devemos respeitar os diferentes e reconhecermos sua importância.

Em segundo lugar, é preciso empreender esforços no sentido de resgatar a cultura brasileira e conseqüentemente as suas expressões culturais. Enquanto a música brasileira é elogiada em todos os continentes do planeta, a igreja brasileira descarta sua originalidade e assume o mesmo papel de outros tempos – valoriza apenas o que vem de fora. É preciso abrir espaço para os ritmos nacionais, para os instrumentos musicais autóctones, e deixar de achar que tudo o que é produzido aqui é provinciano. Se o rock é legal (e eu também acho), também posso curtir o xaxado, ou a catira, expressões tão nossas.

Por último, lembrarmos da luta de tantos que já se foram e outros tantos que ainda estão aí, comprometidos com o Reino de Deus em primeiro lugar, compromisso esse acima, inclusive, da própria música. Pregar o Evangelho se torna mais urgente e necessário que fazer canções para um mercado chamado gospel. Mais importante que produzir, é produzir com responsabilidade. Mais importante que lançar um trabalho musicalmente perfeito, é não tirar ou deturpar o perfeito Evangelho. Música contextualizada implica em responsabilidade, pois contextualização pode facilmente se tornar em sincretismo. Enquanto num o conteúdo (o Evangelho) é inegociável, noutro relativiza-se a Verdade em função da sua aceitabilidade. É impossível servir a dois senhores: ou servimos o Deus verdadeiro ou servimos ao deus Mamom.

Se hoje temos a oportunidade de colher o que outros semearam na história da igreja evangélica brasileira e sua expressão musical, devemos fazê-la com gratidão ao Senhor. Cabe a nós prosseguirmos nos sonhos e crer que essa “louca canção” (I Co 1.21), que o mundo não consegue compreender, carrega o poder da transformação. Com fidelidade ao Senhor e à Sua Palavra, acreditamos por fé que estamos semeando a Eternidade num mundo onde jaz a desesperança. Desejamos fazer uma música que aponte para Deus. Um som revolucionário, um som do céu.

Mas, será que todo o esforço de grupos como Jovens da Verdade, Vencedores Por Cristo e tantos outros, pioneiros da música cristã brasileira, tem sido compreendido pela nova geração de músicos? Será que os ideais de tantos sonhadores como Jaziel Botelho (Jovens da Verdade), Janires Manso (Rebanhão e Banda Azul), Nelson Pinto Júnior (MILAD e Vencedores Por Cristo), Paulo César (Grupo Elo e Logos), Jairo Trench (Elo), Guilherme Kerr, Sérgio Pimenta, Nelson Bomilcar, Asaph Borba, tem sido assimilado pela turma de hoje? Faz bem à nossa consciência olharmos para a história e nos situarmos nesse contexto.

Carlinhos Veiga é músico, pastor e coordenador do Departamento de Comunicação da MPC do Brasil
Entrevista extraída da “Revista Soma” em Janeiro de 2006

Postado por MC3 NA PAUTA.

DICA MC3 - SARAU COM STÊNIO MARCIUS NO RIO

Mais uma oportunidade imperdível para todos os que conhecem e não conhecem o poeta e músico STÊNIO MARCIUS, pois ele estará no dia 07/11as 19h30mn participando de um Sarau promovido pela IGREJA CAPELA DO CALVÁRIO situada a Rua São Clemente, 23/3º andar - em Botafogo (próximo a estação do metrô).

Maiores informações pelo telefone: 21 8102-1232 - ou pelo e-mail: calvarychapelrio@yahoo.com.br.

É bom lembrar que a entrada é franca! Portanto vá e leve um amigo, vale à pena conferir!

Postado por MC3 NA PAUTA.

SABADORARTE! - ADORAÇÃO, ARTE E BOA MC3 NAS NOITES DE SÁBADO

Trata-se de um evento promovido pelos Ministérios de Louvor e de Jovens da Igreja Betesda do Tatuapé e que acontecerá sempre no 4º sábado a cada 2 meses (ver agenda).

Este evento é fruto do desejo que surgiu no coração das lideranças destes Ministérios de criar um espaço para que o tema “Adoração e Arte” fosse tratado de maneira ampla e diversificada, trazendo instrução à luz da Palavra a todos os interessados no assunto. Nosso objetivo é contribuir para que a visão bíblica sobre o tema seja incutido nos corações daqueles que trilham os primeiros passos nesta jornada bem como solidificá-la nos corações dos chamados “veteranos”.

Serão, portanto, grandes noites de louvor embaladas por música de 1ª qualidade executadas por artistas cuja principal característica é o envolvimento ministerial e que não se curvam aos apelos da mídia que, freqüentemente, tiram o foco de muitos do que realmente importa: adorar a Deus! Venha participar destes momentos especiais na presença de Deus e em ótima companhia! Com certeza, vai valer a pena!


Próximo SabadorarTe;

25 de Outubro - 19h00minh
Com João Alexandre
Tema: "Canção profética ou música de protesto?"

Conheça o blog; http://sabadorarte.blogspot.com/

Postado por MC3 NA PAUTA

OS CAMINHOS DA MÚSICA CRISTÃ NO BRASIL - Nelson Bomilcar

1. Introdução

Neste pequeno artigo/estudo, queremos fazer uma rápida análise história do uso da música na adoração e evangelização, entendendo um pouco mais de nossas raízes, de nossa herança, e também do que temos visto não só fora, como dentro da realidade no Brasil, além de termos mais alguns elementos para tentarmos tratar e lidar com as questões abaixo:

• Como podemos avaliar a herança que recebemos dos missionários? O que a história nos ensina e aponta?

• Como encarar a música produzida no Brasil hoje, tanto na adoração como na evangelização? Estamos abrindo mão do que cremos?

• Como encarar a cultura no processo criativo? Há limites que devemos respeitar na produção de música considerada cristã?

• Como lidar com as forças do marketing e de consumo tão presente em nosso meio?

• O que precisamos resgatar e não abrir mão na música que estamos fazendo?

• Tudo o que temos visto e ouvido pode ser considerado música cristã?É fundamental levarmos em conta o propósito da música na adoração e na evangelização. Adquirirmos informações e conhecermos mais do universo da música cristã, trará alguns balizamentos e ampliará nossos caminhos para a música que temos feito nas igrejas ou por músicos e compositores cristãos.

2. A música na adoração, nos primeiros séculos do cristianismo e seu desenvolvimento na reforma protestante.

• A música é uma forma legítima de expressão que pode e deve ser usada na adoração. O estudo histórico dos povos da Antiguidade sempre mostra o uso da música como forma de expressão e criatividade do homem.

• A música foi usada como parte das cerimônias civis e religiosas nas civilizações antigas. A música cantada ou tocada era uma importante manifestação do louvor do povo hebreu.

• Em 1 Crônicas 15:16-24 temos o registro do trabalho musical e de adoração feita pelos levitas, trabalho sério, profundo e organizado.

• O Salmo 150 mostra a universalidade da música e das inúmeras possibilidades de uso, considerando as diferentes realidades culturais.

• O uso terapêutico da música esteve sempre presente (modificou o estado de espírito de Saul, trabalha as emoções)

• O trabalho dos poetas cristãos eram foram sendo incluídos no repertório da igreja primitiva ( Ef 5.19; Col 3.16)

• O Novo Testamento mostra a dependência inicial das práticas judaicas.

2.1 Características da música na época da reforma
• Canto
• Instrumental

• Somente homens e meninos

• Ritmos dependentes dos textos•

Decreto de Constantino (ano313), Santo Ambrósio séc IV), São Gregório, papa de 590 a 604.

• Reforma: Lutero (1483-1546), poeta e músico organiza e busca um fortalecimento e depuração doutrinário e a música acompanha esta divisão eclesiástica, buscando suas distinções. A igreja nova procurou restaurar o canto congregacional. “Castelo Forte” torna-se conhecido como o hino da Reforma.

• Faz uso de melodias seculares para seus hinos e cânticos, num claro esforço na evangelização e popularizar as doutrinas da Reforma.

• Calvino se opôs ao uso de instrumentos musicais, cânticos e hinos com divisões e cujas letras não fossem extraídas das Escrituras.

• Historiadores musicais apontam o fato de que buscar melodias seculares para tornar a música cristã conhecida é um acontecimento familiar na história da igreja.


3. A música na Igreja no Brasil

Os primeiros cânticos evangélicos soam no Brasil no próprio século de seu descobrimento, o mesmo da Reforma. Vários alemães viajantes como Hans Staden, Heliodoro Fobano e Ulrico Schmidel divulgaram a música de Lutero e de outras cantadas pela igreja calvinista na Baía de Guanabara.

a. Primeiro culto evangélico em 1557

b. Século XVII: início da atividade de adoração e música.

c. Século XVIII: silêncio de manifestações musicais

d. Século XIX: hinos de criação anglo-americana trazidos pelos missionários. Período caracterizado pela organização dos hinários eclesiásticos (1855 a 1932) e depois de consolidação (1932). Período fértil na música.

e. Pouca preocupação com nossa cultura, e quase não houve contextualização.

f. Música Cristã Contemporânea (final da década de 60 e início dos 70). O Jesus Movement aconteceu de roldão em meio a um avivamento, onde Jesus e seus ensinos tinham grande ênfase, em vez da institucionalização das igrejas norte-americanas. O grupo musical Love Song teve grande influência nesta época, junto do ministério da Calvary Chapel, do pastor Chuck Smith.

g. O ministério Maranatha Music teve grande influência, principalmente na missão Vencedores Por Cristo, fundada por Jaime Kemp, onde autores de cantatas e hinos como Kurt Kaiser, Otis Skillings, Ralph Carmichael, Don Wyrtzen (PV) tiveram espaço.Correndo o risco de esquecer alguém, permito-me a um flash:Vencedores através de suas gravações e ministério evangelístico, veiculou músicas em novos estilos de adoração e evangelização. Outros trabalhos como da Palavra da Vida (Harry Bolback), e de estilos populares tradicionais como Feliciano Amaral e Luís de Carvalho ganhavam espaço também, e as primeiras gravadoras evangélicas aparecem. Grupos como Novo Alvorecer, Mensagem, PAS, Vozes da Verdade, surgem no cenário evangélico.

h. A gravação do disco “De vento em Pôpa”, rompeu definitivamente com as barreiras culturais, trazendo nomes como Aristeu Pires (Brasília), Guilherme Kerr (Campinas), Sérgio Pimenta (Rio), Artur Mendes e Edy Chagas (Bauru), Nelson Bomilcar, Sérgio Leoto e Gerson Ortega (São Paulo), etc.

i. Tivemos também uma influência do Jairinho Gonçalves e Paulo César (PV, Elo e atualmente Logos), do Janires (Rebanhão e MPC) na evangelização e música jovem, coincidindo com o trabalho de David Wilkerson no Brasil na recuperação de toxicômanos e da igreja Cristo Salva do saudoso Tio Cássio, Maurão no trabalho com crianças, Wolô, excelente poeta junto à ABU, Edilson Botelho (Jovens da Verdade), Som Maior, entre os jovens batistas, Grupo Café entre presbiterianos, cada um dentro de seus estilos, trazendo novos ares para a música cristã.

j. O trabalho de Asaph Borba junto a Seara Evangelística no Sul, hoje Comunidade de Porto Alegre, trouxe novo alento na adoração comunitária e influenciou grandemente a igreja no Brasil., tendo como parceiros de visão Adhemar de Campos (Comunidade da Graça) e Gerson Ortega (VPC, Semente e atualmente na Igreja Cristã da Família), Bene Gomes e Alda Célia com o ministério Koinonia desde 88. Destaque para o trabalho brasileiro do MILAD.

k. Vale o registro do trabalho de Jorge Camargo, Jorge Rehder e João Alexandre pelas inúmeras músicas de louvor e de conteúdo evangelístico registrados em cantatas, discos, CDS, fitas e partituras, além do trabalho contextualizado do Josué Rodrigues, Expresso Luz, Carlinhos Veiga e Quarteto Vida junto à Mocidade Para Cristo.

l. Inúmeros cantores, bandas, ministros de louvor e músicos como Kleber Lucas, Ana Paula Valadão (Lagoinha), Carlinhos Félix, Massao Suguihara, Jônatas Liasch (Natinha), Banda Rara, Oficina G-3, Koinonia (Vitória), Carlos Sider (Mensagem), Gladir Cabral, Arlindo Lima (Belém), Daniel Maia, Maurício Caruso, Maurício Domene, Quico Fagundes(Brasília), David Neto, Hilquias Alves, em trabalhos instrumentais, Cia de Jesus, Cântaro, Sal da Terra, Céu na Boca (Brasília), tem influenciado grupos e regiões diversas.

Na área de coros, hinos, partituras, educação e estruturação de trabalhos musicais em igrejas locais e instituições de ensino teológico-musical, tivemos grande influência de João Faustini, Jaci Maraschin, Almir Rosa, Fred e Edward Span, Dick Torrans, Simei Monteiro, Nabor Nunes, Nelson Mathias e Williams Costa Júnior, nas diversas denominações.

Louvamos a Deus pelo sopro do Espírito Santo em nossa nação nestas últimas décadas. Manifestações de poder, quebrantamento, mais informalidade e autenticidade, maior participação no louvor, edificação, cuidado maior em nossas instituições teológicas de ensino quanto a música, visão profética na adoração, são ganhos e conquistas que não podemos desprezar.

• Tivemos também de relevante numa história mais recente o que chamo de movimento gospel no Brasil, caracterizado mais com formas musicais diversas(pop, rock, etc), bem diferente do gênero gospel original e da música cristã mais comportada feita até então, objetivando alcançar jovens. Uniu-se a esta ênfase, uma visão e estratégia de marketing para popularizar o gênero na mídia, aproveitando da experiência de homens de publicidade, e de um trabalho que hora surgia, o Renascer em Cristo, o que realmente acabou acontecendo.

• Brother Simeon, Katsbarnea desenvolvem um trabalho musical de grande influência entre adolescentes e jovens.

4. O que estamos vendo hoje e o que podemos fazer?

Hoje o que vemos é um leque enorme de opções para a música chamada cristã: o da adoração, o da evangelização, o do entretenimento, atrelada perigosamente ao pano de fundo comercial definitivamente instalado no meio evangélico, o que tem provocado incursões dos artistas e gravadoras seculares cujo objetivo único é explorar no “mercado que representamos”.

Inúmeros cantores, cantoras e grupos têm surgido também em nossas igrejas locais, em função desta realidade.

A mensagem do evangelho tem sido sucateada, colocada em segundo plano, escondida em letras superficiais e que não ajudam a pessoas a conhecerem mais do Deus das Escrituras Sagradas. Pobreza poética, excesso de preocupação com a imagem, mais do que com a fidelidade à mensagem do evangelho que professamos ou com a integridade dos músicos.

Prova disso são as inúmeras “conversões” a uma mensagem que não contém mais chamada ao arrependimento e a uma entrega total ao Senhorio de Cristo. Uma mensagem açucarada, facilitada, sem preço.

Precisamos buscar a excelência no que se faz, isto é, integridade mais beleza e competência no trabalho musical. Pouco se investe no discipulado responsável de músicos em nossas igrejas locais.

Precisamos de moralização e ética em nosso meio. Necessidade urgente de se respeitar direitos autorais e morais, e buscarmos ter um bom relacionamento com trabalhos e ministérios afins.

Fazermos músicas contextualizadas para nossa realidade urbana brasileira, que dignifiquem a mensagem que cremos e professamos. Precisamos de um culto público com uma linguagem que se identifique mais com as pessoas que queremos alcançar.

Reter o que é bom dos modelos que estamos buscando lá fora. Tivemos o momento de “kenolyzação do louvor” e de outros ministérios, como Hosana Music, Integrity, Vinyeard, todos com interesses não só ministeriais, mas comerciais, junto com suas estruturas que aportaram aqui. Pecamos sempre em absorver o que é massificado pela mídia à exaustão e perdemos outros referenciais.

Temos um caminho aberto e enorme para a música instrumental, já que temos hoje excelentes músicos que tem se levantado nas igrejas. Esta geração tem gerado um número enorme de competentes músicos, que precisam ganhar visão do Reino.

Fortalecimento do trabalho com coros, principalmente para ocuparmos espaços nos centros culturais, para a atuação artística e para a evangelização.

Continuarmos com clínicas, encontros, congressos, que nos levem à reflexão do que temos feito, que nos encorajem à uma vida mais consagrada na obra de Deus, usando a música como instrumento de adoração e evangelização.

Estarmos caminhando junto a associações que buscam um melhor desempenho no ministério da música e um bom testemunho do evangelho que abraçamos.

5. Conclusão

Que Deus nos leve para uma vida de adoração em oração, comunhão na Palavra, nos bons relacionamentos em nosso meio e num bom testemunho do evangelho. Que naquilo que fazemos para o Senhor, busquemos o melhor para a manifestação da Sua glória, sendo sal e luz do mundo! Que Deus nos ajude.


Para saber mais sobre Nelson Bomilcar, visite o site; http://www.nelsonbomilcar.com.br/

Postado por MC3 NA PAUTA

CRIATIVIDADE - Silvestre Kuhlmann

Deus é o regente de todos os sons
O troar, ribombar, os tons e semitons
O murmúrio dos rios, farfalhar das folhas
O pio do uirapuru

Ele é o artífice de toda a forma
Juba do leão, penacho do pica-pau
Tromba do elefante, pescoço da girafa
Variado é o mundo animal

Ele coreografou movimentos
A cabriolagem, o golfinho rotator
O urubu observando em círculos
A paradinha do beija-flor

É pintor do azul celeste
Amarelo-canário e do branco algodão
Alquimista do cravo e canela
Do alecrim e do manjericão

Temperou o mar com o sal
Fez o doce do mel, fez azedo o limão
Esculpiu chapadões, cordilheiras
E um dia, pra Ele, as bandeiras tremularão

O 1º versículo da Bíblia, Gen 1:1 diz:
“No princípio criou Deus os céus e a terra”
Podemos ver que Ele diz repetidamente “e viu que era bom”, nos versículos 4, 10, 12, entre outros.
A variedade de forma dos animais, a girafa, o elefante, o pica-pau, os contrastes claro/escuro, as diferentes formas de andar, O Criador afirma que esta diversidade é boa. Não devemos nos acomodar na mesmice.

Nós, que somos feitos à Sua imagem, temos este instinto criador. Tolkien chama este papel de “subcriação”, pois o homem não tem a capacidade de, como Deus, criar do nada. Mas podemos mostrar o belo através da arte e remeter as pessoas que percebem este belo a Deus. E na arte há diversidade. Somos nascidos no país do chorinho, frevo, maracatu, baião, bossa, xote, xaxado, entre tantos outros ritmos, e temos à disposição as harmonias que tanto tensionam como repousam, geram movimento. Temos dentro de nós, povo miscigenado, o “banzo” do negro e a melancolia do português. Temos o mistério das matas desbravadas pelos índios, e a alegria dos imensos rios, o som dos pios de nossos pássaros...
E vamos fazer uma arte barata, sem a cara do nosso povo? Ainda temos este horrível complexo de inferioridade em achar que o que vem de outro país é melhor? Este sentimento não vem de Deus.

"Quanto mais deixamos que Deus assuma o controle sobre nós, mais autênticos nos tornamos - pois foi ele quem nos fez. Ele inventou todas as diferentes pessoas que eu e você tencionávamos ser (...) É quando me viro para Cristo e me rendo à sua personalidade que pela primeira vez começo a ter minha própria e real personalidade." C. S. LEWIS

E assim posso pensar no grande louvor, retratado no livro do Apocalipse, onde tribos, povos, línguas e nações adorarão ao Cordeiro, com a nossa natureza rendida a Ele.

Com milhares de tambores,
Procissões de cantadores
Do sertão e da floresta
Vão sorrir, vão fazer festa;

Com seus brados e folias,
Gente do mundo inteiro
Louvará todos os dias
Nosso bendito Cordeiro.

Toda tribo, toda língua
Provará daquela Água;
Quem a bebe não tem sede
Pois do nosso Pai procede.

Resgatados por Seu sangue
Dos cerrados e do mangue
Cantarão um novo cântico:
A Ele tudo o que é rico,

A Ele tudo o que é nobre,
A Ele o ouro e o cobre,
A Ele que é nosso Amante
O rubi e o diamante;

Àquele por nós Amado,
Um tesouro incalculado;
Glórias e ações de graças,
Danças de todas as raças.

Àquele que está no trono,
Àquele que é nosso dono,
Toda honra e poder,
Toda força e saber.


Silvestre Kuhlmann é músico, poeta, compositor, arranjador, produtor musical, violonista e interprete um dos ícones da MC3.

Ouça no player abaixo a canção “CRIATIVIDADE” de SILVESTRE KUHLMANN.


E também, no player abaixo, a canção “COM MILHARES DE TAMBORES” com letra de SILVESTRE KUHLMANN e música de BRUNO ALBUQUERQUE, gravada na voz de BRUNO.


Postado por MC3 NA PAUTA.
 

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