Apenas uma pequena observação: o carro popular criado por ele e vendido aos milhares no início do século era de uma única cor... Ficava mais barato, além do que, o importante naquela época era ter um meio de transporte, a cor era um simples detalhe!
No ano 2000 completei 20 de anos de estrada. Em novembro de 1980 candidatei-me a uma viagem missionária com o grupo Vencedores por Cristo. Minha vida a partir de então jamais foi a mesma. Descobri os encantos do meu país, mergulhei fundo nos valores do Reino e voltei à superfície disposto a dedicar meus dons e talentos para servir a Deus através da música e de tudo mais que minha vida pudesse lhe oferecer.
Nesses 20 anos foram duzentas e tantas composições, mais de cem músicas gravadas e a participação como intérprete em outras mais cem gravações.
No início de tudo para mim, música cristã se confundia com missão, chamado, vocação, era tudo uma coisa só. Alguns dizem que lá pelos idos dos anos 80 estávamos vivendo um autêntico avivamento, com milhares de jovens entregando suas vidas a Cristo em todo país, através do anúncio da mensagem por meio da música cristã brasileira, com o surgimento de grandes compositores, fruto de nossa terra, proclamando a Palavra com os óculos de seu tempo e lugar.
Tenho a convicção de que vivi um avivamento e não me dei conta disso!
Quando penso nas muitas canções que marcaram esse tempo, observo a criatividade como seu ponto forte. Tive o privilégio de conviver com vários dos autores e compositores delas, e ficava maravilhado com a multiforme sabedoria e graça de Deus, concedendo a cada um habilidades e recursos distintos, como é próprio do processo criativo. A riqueza da criação divina revela esse traço de variedade presente em cada ser humano. Aí está a beleza da arte. Toda expressão artista é única, distinta, diferente, porque ninguém é exatamente igual...
Hoje, passados tantos anos, observo uma autêntica indústria da música cristã no Brasil. Nunca se produziu tanto. Nunca tanta gente teve a oportunidade de ouvir, e isso é bom, na medida em que a mensagem cristã, dentro da música cristã, tem chance e vez.
O que me preocupa, no entanto, é que, a exemplo de Ford, em nome da produção em massa, do vento favorável, talvez estejamos, por conta de baixos custos e maior rentabilidade, produzindo em nossas linhas de montagem "carros todos da mesma cor". Para que todos tenham acesso a ela, sacrificamos a criatividade, o diferente, a inovação, a capacidade de superação, o novo. Todos esses adjetivos, elementos fundamentais do processo criativo e da própria essência dos dons concedidos por Deus.
O mais importante, eu creio, ainda é fazer o que Deus quer que façamos, mais do que aquilo que o mercado determina. O que realmente importa é o que Ele coloca em meu coração para dizer e/ou cantar, tocar, representar, pintar, não o que me dizem os consumidores de plantão.
Não quero com isso dizer que atividades humanas como o Marketing, e ciências como a Economia e a Estatística devam ser desprezadas. Apenas quero ressaltar que o nosso compromisso com o Evangelho deve estar acima de tudo isso. Caso contrário, melhor não sermos artistas cristãos, melhor sermos apenas empresários."
Postado por MC3 NA PAUTA.
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